sábado, 31 de dezembro de 2016

FUNK DA CONFUSÃO





As abreviaturas...
Que vida breve!

Na pressa do dia-a-dia, nem notamos as pequenas coisas. E quando as notamos, quanta confusão!
Duas notas e duas interpretações!
No primeiro caso, imagino quem ainda chama pasta de dentes de creme dental? CD é outra coisa, mas a marca Colgate não deixa dúvidas!
No segundo caso... Na lista de compras, junto aos CDs adquiridos, me aparece um tal de MC Dedinho! O Quê!?!?!?! Eu não gosto de funk! Nem sei o que é MC!
Quem me conhece, sabe o quanto fiquei indignada! Ralhei, protestei, reclamei...
E assinei meu próprio atestado de caduquice!
kkkkkkk
Meia Calça Dedinho eu comprei. Sim. Não era um CD!
Na dúvida, pirei!
Quem me conhece também sabe o que sempre digo:
- Quem não erra é Deus!

Que nossas risadas sejam maiores que nossos erros!


Izaída





sábado, 24 de dezembro de 2016

TEORIA DA CRIAÇÃO






Venho desenvolvendo uma teoria da criação baseada no que aprendi ao longo da vida.
A criação bíblica nos apresenta: Adão burrinho, Eva maliciosa, Caim assassino... Desde o início dos tempos, os personagens não são frutos possíveis de uma bondade infinita que é Deus! Guerras, futricas, hipocrisias e outras crias... Olha que quanto mais eu vivo - e convivo -, mais amedrontada eu fico em relação às pessoas!
Somos tão preconceituosos que invertemos até a criação e o criador!
Concluo:
- Quem criou o homem foi satanás!
E Deus está até hoje tentando consertar!
Que tarefa!



Izaída Stela do Carmo Ornelas


domingo, 26 de junho de 2016

O PREÇO DO MEU VOTO





Estou vendendo meu voto por um contrato. O candidato que desejar meu voto deverá comparecer a meu domicílio portando uma cópia assinada e registrada do presente contrato:




CONTRATO

Eu, fulaninho(a), CPF... RG..., como candidato(a) a um cargo eletivo na cidade de Divino/MG, comprometo-me perante a comunidade divinense a realizar o seguinte:

SAÚDE
O Pronto Atendimento Municipal ficará aberto 24 (vinte e quatro) horas, com luz acesa e com funcionário(a) acordado(a) para atender à população durante a noite e não haverá falta de médicos na referida unidade.

EDUCAÇÃO
Os professores serão atendidos conforme o que reza a legislação brasileira, em seus amplos deveres e direitos estabelecidos.

DESENVOLVIMENTO/CULTURA
Será implementado um objetivo para a cidade, no sentido de promover a cultura: concurso de músicas, de filmes, de livros... Qualquer coisa que nos coloque em destaque frente ao cenário regional.

ESPORTE
Além do Jodac, por favor! Pelo menos mais um evento anual que afaste a molecada da droga!!!

ÉTICA
Serei contra qualquer ato/lei/obra que não seja condizente ao que Jesus faria.

TRANSPORTE
Haverá transporte urbano que viabilize ao trabalhador a dignidade de ir e vir de sua casa para seu trabalho, sem que o gasto mensal ultrapasse o gasto mensal de 3 (três) por cento do salário mínimo vigente.

SANEAMENTO BÁSICO
Derrubar a cobrança dos 40% (quarenta por cento) de tarifa de esgoto, pelo motivo de não ser o serviço prestado pela COPASA. Coisa que muitos dos vereadores hoje eleitos aprovaram... Os vereadores que votaram a favor desta bagaça estão excluídos da presente proposta que apresento (tenho boa memória, kkkk).

Continua o documento:
Em contrapartida, se eu não conseguir cumprir as cláusulas deste, no prazo de 6 (seis) meses de mandato, fica estabelecido que vou dar 8 (oito) voltas na praça Dr. Genserico Nunes de Oliveira, em Divino, fantasiado(a) de capeta, apregoando “Eu sou uma besta”, a cada esquina da referida praça, em um mínimo de 80 (oitenta) decibéis!

Alguém se habilita???





Izaída Stela do Carmo Ornelas



sábado, 7 de maio de 2016

SOBRE MÃES E CHOCADEIRAS






Há algum tempo, numa palestra do Murílio Domiciano, ouvi que o tipo de amor mais parecido com o amor de Jesus por nós é o amor de mãe: aquela mãe que ama a seu filho mais que a si mesma! Comecei a comparar e não parei de pensar – e de me cobrar. Afinal, se devo amar meus semelhantes com amor de mãe, é preciso que eu aja como se fosse mãe.
Aprendemos dentro de casa que “passar a mão na cabeça” não é uma boa prática. E quantas vezes deixamos de ser mães em sociedade. Isso parece ter se perdido com o tempo... Quando éramos crianças, nossas mães se preocupavam em educar também nossos amigos, chamavam atenção, corrigiam. As mães de nossos amigos, por sua vez, também zangavam conosco sempre que era preciso. Elas davam conselhos, se preocupavam com a gente. Havia amor nisso tudo. E isso se perdeu. Ficamos menos humanos, menos família, menos... Menos...
Mãe é mãe. Seu amor faz com que ela não se incomode em receber uma resposta inapropriada: ela diz o que pensa ser melhor, ela age da forma que acha melhor. A mãe perdoa, sem traços de mágoa. Acolhe sempre e acredita em dias melhores, em comportamentos melhores, em sermos melhores. Tudo a ver com Jesus!
Preconceito é uma palavra que as mães desconhecem. Apenas sofrem. Nunca um filho deficiente foi menosprezado, nem um homossexual foi rechaçado pelo amor de uma verdadeira mãe.
A voz materna que ensina está carregada de amor, por isso é humilde em sua cobrança, sábia em seu ensinamento, sincera e verdadeira. Por isso, comove. A persistência materna não permite que ela desista, do mesmo jeito que não devemos desistir de nossa sociedade, de nosso próximo difícil, de nosso conhecido rebelde... Por Jesus, somos todos família. Somos filhos, pais, irmãos... A grande família humana.
Ontem, na saída do trabalho, vi uma mocinha jogando um papel de bala no chão, displicente. Não falei nada. Me senti uma chocadeira (para não dizer madrasta, e não ofender as boadrastas)! Se fosse minha filha, aquele papel não ficaria ali no chão! Quando um filho faz alguma coisa errada, alertamos, corrigimos, colocamos de castigo! Não se trata de humilhar a pessoa, chamando a atenção pra aparecer. Não é pra magoar, mas pra educar. Porque o sentimento que move a mãe é a vontade que o filho evolua, cresça, aprenda...
Ao chegar em casa, fiz uma prece por aquela mocinha. Isso é ação de mãe. Pelo menos...



Izaida Stela do Carmo Ornelas


domingo, 28 de fevereiro de 2016

UM DOMINGO PRA TODA VIDA







Num domingo como hoje, eu estava na janela, quando passou um senhor evangélico negro, vestido de terno e gravata, com sua Bíblia debaixo do braço. Escondida pela veneziana, gritei:
- Ô urubu-rei!
Certa da impunidade, repeti covardemente:
- Ô urubu-rei!
Foi quando senti uma pressão nos ombros... Meu pai estava ali, bem atrás de mim...
Ele não me bateu, embora seu rosto expressasse tanta coisa que justificaria até a violência: tristeza, vergonha, decepção, repulsa... Ele me deu uma surra moral, quando, simplesmente, me levou até a cozinha e explicou o significado da palavra BLASFÊMIA. Ele começou dizendo que a pior blasfêmia é a falta de respeito para com o irmão!
Hoje o Google define: “palavra, expressão ou afirmação que insulta ou ofende o que é considerado digno de respeito ou reverência”.
O que é mais digno de respeito que um pai, uma mãe, um irmão? Quantos blasfemam contra os irmãos! Quantos semeiam a discórdia, o preconceito, a injúria! Eu estava entre eles! Não tinha aprendido a respeitar. Aquele senhor era, com certeza, uma pessoa muito melhor do que eu. E eu, na ignorância de meus oito ou nove anos, achava que era superior... Ledo engano!
Quando conheci a doutrina evangélica, professada por aquele senhor, entendi que eles tinham mesmo muitas razões para protestar! Através do estudo da História, analisando a Inquisição, entre outros fatos, passei a ver que os próprios homens deseducam os homens; que Jesus é sempre jogado de lá para cá, conforme interesses pessoais e institucionais. Mas que a maioria dos “pecados” reside na ignorância. E só tem autoridade para julgar, Aquele que tudo conhece, que tudo sabe! Quem somos nós? Quem somos nós, afinal? Santos? Demônios? Acredito que somos Filhos e Irmãos! Só o Pai reconhece!
Quando xinguei aquele senhor, manchei a mim mesma! Quando alguém injuria outrem, tenho certeza de que acontece o mesmo! Blasfêmias deixam marcas nos lábios de quem as profere. Marcas que só o amor e o entendimento podem apagar. Perdão...
Meu pai, naquele domingo, me deu formação e daí eu parti em busca de informação!
Agradeço a ele por esse dia! Não tenho, por isso, a índole leviana de comentar o que não conheço! Gratidão eterna, como ensinam os amigos!
Mais uma lição, do mesmo dia:
Muito sábio, aquele senhor - negro e evangélico - sequer olhou pra trás! Deixou-me ali, com minha insignificância...


Em tempo, a Lei: a Lei 9.459, de 1997, considera crime a prática de discriminação ou preconceito contra religiões. Ninguém pode ser discriminado em razão de credo religioso. O crime de discriminação religiosa é inafiançável (o acusado não pode pagar fiança para responder em liberdade) e imprescritível (o acusado pode ser punido a qualquer tempo). A pena prevista é a prisão por um a três anos e multa. 


 Izaída Stela do Carmo Ornelas



sábado, 20 de fevereiro de 2016

PEDRA - AINDA MAIS - BONITA



Foto: Vereador Humberto.


Fomos assistir à final do Campeonato Regional de Futsal, em Pedra Bonita, dia 5. Nosso time perdeu, mas nós ganhamos! Há quase trinta anos eu não ia a Pedra Bonita. Encontrei a cidade linda, bem cuidada. Revi amigos e fiquei muito emocionada com a acolhida tão carinhosa.

Meu filho Mário ganhou o troféu como segundo goleiro menos vazado. Quem diria! Quem diria que o Miguel fosse ter coragem de fazer um pronunciamento público! Quem diria! Foi mesmo uma noite de surpresas. E de muitas certezas! Muita diferença nas ruas, nas casas, no ambiente. Nenhuma diferença nas pessoas: José Norberto sempre na organização, como no tempo das festas na escola! A Zina de bom humor, com sua cerveja gelada na mão! Não dá pra citar todo mundo, mas todos estão no meu coração, tá? Fiquei devendo muitas visitas e talvez eu fique “aguada” por não ter tomado uma cerveja no bar do Ronaldo!

Tantas pessoas boas! Que ambiente gostoso!

Pena que não pudemos ficar mais tempo. Tempo... Tempo... Quanto tempo mais ainda vai se passar até que eu volte a Pedra Bonita? Não sei. Felizmente trouxe comigo a certeza de que lá as coisas boas vão continuar evoluindo, enquanto as pessoas preservam o que tem de mais precioso em si.


Até breve! 


Izaida Stela do Carmo Ornelas

quarta-feira, 27 de janeiro de 2016

ASSIM NASCEU O PRECONCEITO...




    


Nasci e cresci na mesma casa onde moro hoje, no centro da cidade de Divino-MG. Olhando para minha história, que é bem semelhante à história de nossa comunidade, percebi que enquanto ampliamos nossos horizontes, neles enfrentamos uma sucessão de preconceitos velados.
Quando comecei a estudar, conheci o grande preconceito que havia – se é que ainda não há – entre os moradores da Praça e da Rua Nova. Os alunos da Rua Nova sofriam bullying incessante e as crianças da Praça se acreditavam superiores! Meus avós maternos moravam na Rua Nova, minha mãe era da Rua Nova.. Eu não conseguia entender bem a coisa e me sentia dividida...
Mais tarde, visitando cidades vizinhas, confesso que muitas vezes tive vergonha de dizer que era de Divino, porque sempre alguém dizia ser aqui um lugar de assassinos, de arruaceiros, de caloteiros, etc. “Mata um por dia”, “mata pra ver cair”, “dá nó em goteira”, etc. Vergonha alheia! Quem nunca? Todo divinense tem um “causo” desses pra contar!
Morando no Rio de Janeiro, nos anos 1980, me sentia triste quando alguns cariocas ficavam “tirando sarro” dos mineiros, porque lá somos tomados por caipiras, tolos e avarentos. O que há de verdade nisso tudo? É que tomam uma parte pelo todo! Alguns mineiros são caipiras, mas não todos. E as comparações levianas continuam!
Quem nunca foi vítima de preconceito, afinal?
Acredito que assim se sentem os sírios que se refugiaram em diferentes países. No fundo, pelas costas e na maior parte do tempo, são rotulados por terroristas... Sendo que poucas pessoas se preocuparam em conhecê-los, antes de julgar. Não aprendemos ainda, mesmo já tendo sofrido – e muito - com o preconceito!
A ignorância é mesmo uma péssima companhia e o medo, seu pior conselheiro! Se forem más pessoas, o ‘pecado’ é deles. Mas que cada um de nós não carregue consigo o grande pecado de não reconhecer Jesus no próximo.
Fé e amor são linguagens universais. 



Bem-vindas as famílias sírias que escolheram nossa cidade para viver!
Paz a todos. Salam.



Izaida Stela do Carmo Ornelas


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