O que é um sapo? - indaga-se Shakespeare?
O sapo é um dilema - insurge-se Platão.
Mas o sapo, neste caso, é um obstáculo, um intruso que se coloca entre a mocinha e seu príncipe encantado.
O príncipe, em nota oficial, afirma não ter "nada a declarar".
A princesa não está num de seus melhores dias. Prefere não opinar.
TPM, talvez - alfineta a madrasta.
É por isso que ela não terá uma grande dificuldade em vencer seus medos - concluo.
Não. Conclusão precipitada, de que opta por morder o sapo. TPM? Muita chance.
As escolhas das heroínas, entretanto, são dignas dos melhores livros de autoajuda.
Cinderela vence por engolir os sapos. A princesa vence por beijá-lo.
As perguntas se estabelecem à revelia do que ameaçava a esfinge.
Problema: Decifra-me ou devoro-te.
Sapo: beije-o ou engula-o.
A certeza: não importa o quê se faz, mas por quê.
Esta é a Lei. Este será o destino.
Um sapo coaxa.
Nasce mais uma criança para ouvir os contos.
São estórias "água-com-açúcar", passadas.
Águas passadas - se não movem - comovem moinhos.
Nova questão me intriga:
Quantos sapos há em Dom Quixote?