sábado, 12 de janeiro de 2013

SEMPRE UM DEFEITO




Neste final de ano me veio a lembrança de pessoas que muito fizeram por Divino e nem sempre tiveram sua importância reconhecida.
Comecei me lembrando de Seu Capucho. Ele cuidava da limpeza das ruas, nos meus tempos de menina. As ruas eram sempre muito limpas; ele fazia questão de varrer qualquer areia dos meio-fios, recolhendo o lixo em sua carrocinha. Um pouco mais tarde, talvez pelo crescimento da cidade, passou a contar com a ajuda de um burrico. E os progressistas viam naquele cuidado artesanal um sinal de atraso: um cuidado profissional era o que Divino precisava...
Tem sempre alguém vendo um defeito!
E o trabalho amoroso foi sendo substituído pelo mero cumprimento de horas; o pagamento em dinheiro passou a ser mais importante que o reconhecimento e que a satisfação de se fazer um bom trabalho.
Com tanto lixo nas ruas, ultimamente, penso que não fomos educados o suficiente para reconhecer e respeitar o esforço que o outro faz para nos servir! A maioria das pessoas não vê mal nenhum em jogar na rua palitos de picolé, copos descartáveis, bingas de cigarro... Mas quando a situação se acumula, percebemos que a falta de educação, em conjunto, traz grande impacto negativo a todos.
Saudades do tempo de Sr. Capucho!
Depois me lembrei do Lourival Bernardes de Mello – o Vavá. Quantas carteiras de identidade eu vejo, datadas de 05/05/2005, quando ele promoveu uma Ação Global na Praça! Sem contar as crianças que ele apresentou ao esporte e que se destacaram em nossa região... Além disso, levou nossa cidade às manchetes da TV, promovendo as 50 Horas de Pelada.
A história continua... Tem sempre um defeito! Não pretendo entrar em problemas pessoais, mas reconhecer méritos de ação efetiva, como os que citei acima. Novamente, relembro: tem sempre um defeito. Mas, depois dele, quem fez melhor? Quem fez, no mínimo, igual?
Qual é o maior defeito?
O Arraiá da Alegria, que se fundiu ao evento da Exposição, era realmente uma alegria que Dona Débora nos proporcionava. Pra quem não se lembra, era como se fosse o Arraiá do Sukata, mas acontecia durante a semana toda. Tomava a pracinha do Asilo, divertindo sempre. E sempre tinha uma festinha pro povo não se entediar. Mas tinha defeitos... E agora, no lugar dos defeitos, não tem quase nada... Mas ainda tem defeitos.
Como o Carnaval vem chegando, senti saudades do Bloco Só Falta Você, do Xaconóis, onde o falecido Jorge da Preta tocava bateria, a Rosemary dançava e a gente aplaudia. Também tinha defeitos...
E como eu sou cheia de defeitos, vou parar pra pensar...


                Izaída Stela do Carmo Ornelas.


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