segunda-feira, 15 de dezembro de 2014

RESPEITAR É PODER





Não devemos – e não podemos mais – lutar enquanto minorias.
Direitos das mulheres, dos negros, dos gays, dos índios... Tudo recortado, não funciona. Fraciona o poder. E isso é tudo o que o capitalismo/materialismo quer. A divisão de trabalho é lucro desde sempre; a divisão do trabalho revolucionário continua sendo lucro...
Até hoje é difícil compreendermos a lição das varas que, juntas, não podem ser quebradas. E também aprender que somos iguais, mesmo separados por aparências: somos HUMANOS.
Injúria racial, delito sexual, homofobia, bullying... Muitos nomes para o mesmo crime: desrespeito. Muitas consequências para as mesmas causas: orgulho, prepotência, inveja, cobiça...
É crime contra o humano qualquer desrespeito à materialidade ou à espiritualidade deste.
Estamos, na verdade, falando de RESPEITO. Ou melhor, da falta dele. Com ele não são necessárias leis específicas, dividindo, mas ações que unam a sociedade em torno de algo maior que essa coleção de picuinhas e grupinhos fechados em si, com a voz sufocada.
Se é crime o racismo, por analogia, entendem-se como crimes equivalentes o deboche religioso, a ditadura da magreza, o machismo das propagandas de cerveja, a homofobia, as piadas de louras, a discriminação contra os nordestinos... A lista é grande.
Aqui um aparte: não se trata de exageros. Senão, do jeito que vai a coisa, a Sociedade das Lombrigas vai eleger seu representante no Legislativo e aprovar uma Lei contra os vermífugos, porque as lombrigas têm direito à vida. Tá rindo? Vai ver o Filme Sete anos no Tibet, com Brad Pitt, e depois me conta... O povo de lá respeita as minhocas! Juro! Vai conferir e depois comenta aqui.
Continuando nosso assunto... Há pessoas com pobrefobia. Fazer o quê? Ainda não tem “enquadramento” legal pra esse tipo de preconceito. Será que dá cadeia? Cometemos crimes velados, sem punição legal/material. E a punição espiritual? Nem queiram saber. Melhor tentar corrigir, unir e evoluir!
Brincadeiras à parte, o caso é sério. Precisamos nos unir e brigar pela causa ÚNICA do RESPEITO. Não é mais tempo do Orgulho Gay, do Cangaço de Lampião, do Black Power ou do Women’Lib. É tempo do ORGULHO HUMANO.
Não estamos juntos, aqui e agora, por acaso.

Vamos pensar nisso = Fé.
Agir nisso = Obras.
Viver isso = Amor.

Feliz Natal! Mais feliz 2015!!!



Izaída Stela do Carmo Ornelas




sábado, 15 de novembro de 2014

UM DIA DE BORBOLETA



Um barulhinho estranho... Flap, tic... De onde vem? Procuro atrás do móvel. E novo flap me faz descobrir uma borboleta, dentro de uma moringa antiga. Como foi que ela conseguiu se enfiar ali? – pensei. Bom, o importante agora é que ela precisa sair dali. Como fazer?
- Ingrid, dá uma idéia, peço.
E começamos a sacudir o vidro, virar de boca pra baixo, levar para o sol... Talvez a claridade atraísse a bonitinha. Nada.
De repente, Ingrid me conta que esse tipo de borboleta vive apenas um dia.
Foi como se ligasse um botãozinho turbo na minha cabeça. Vinte e quatro horas apenas! O que faria eu se minha vida fosse resumida a vinte e quatro horas? E você, o que faria? Quais seriam nossas prioridades?
Começo a relativizar: se o tempo de existência da terra fosse reduzido a um ano, o ser humano teria surgido às 22:30 do dia 31 de dezembro. Uma curiosidade e tanto; uma lição de humildade para tantos! Qual seria o tempo da borboleta? Estaria já madura?! Daqui a pouco seria uma anciã...






Resolvemos por fim ao cárcere da jovem, destruindo o presente que ganhamos pelo casamento, em outubro de 1987. (Desculpe-me, Gracinha Oliveira, mas tive de quebrar. Quebrei com respeito. Juro. Sei que você vai me entender.)
Fora do vidro, a beleza dela nos encantou. E a lição ficou.
Que tempo vale mais? Que matéria vale mais, a borboleta ou o enfeite? Que atitude vai fazer diferença daqui a alguns anos?
Escolhemos preservar ambos: a vida da borboleta e a lembrança da moringa.



Izaida Stela do Carmo Ornelas



domingo, 12 de outubro de 2014

O DIA EM QUE A FILA PAROU





Tem sempre um dia na vida da gente... Aquele dia em que é preciso decidir o que é realmente importante...
Muitos destes dias passam despercebidos. Pena. Mas um dia desses percebi uma pessoa nova na fila. Um novo olhar me revelou uma pessoa já antiga em minha vida. Que surpresa! Na fila estava uma amiga que não via há quase trinta anos! E eu a reconheci no segundo olhar!
Parei a fila. Justifiquei:
- Quem de vocês tem uma amizade há mais de vinte anos, vai me perdoar. Quem não tem, vai me invejar. Kkkkk
Sai do guichê e fui abraçar minha amiga Edna Moreira. Amiga de infância, das férias no Rio de Janeiro, dos bailes da Portuguesa, na Ilha do Governador. Foi uma alegria indescritível. (E olha que ainda faltam três das irmãs dela pra reencontro. Rs.rs.)
Os clientes devem ter-se posto a pensar, espero... Alguns deles se emocionaram.
A fila parou. Ninguém reclamou. Acho que, se fosse eu lá na fila, agradeceria a oportunidade de presenciar um momento tão importante.
Confesso que me inspirei num personagem bíblico pra ter coragem de tal peripécia. Quando Jesus visitou Marta e Maria, Marta reclamou que estava fazendo todo o serviço, enquanto Maria estava escutando o Senhor. E o Mestre afirmou que Maria havia escolhido a melhor parte. Aprendi com ela. Escolhi a melhor parte: a amizade. A melhor parte - a parte espiritual - é aquela que nunca nos poderá ser tirada.
Mas isso não quer dizer que sempre acertei nas escolhas que fiz. Longe disso! Certa vez, uma amiga me procurou no trabalho e não dei a atenção que ela merecia, priorizando o lado material, o trabalho e a rotina. O remorso ensina, também. Enquanto isso, a vida nos proporciona novas chances para aprender.
Em nova oportunidade, é preciso fazer a melhor escolha. E dar o melhor exemplo. Voltei ao trabalho renovada. A fila anda.

Deus abençoe os amigos!


Izaida Stela do Carmo Ornelas

segunda-feira, 29 de setembro de 2014

ELEIÇÕES DEMOCRÁTICAS




Bom que chegaram as eleições. Agradeço aos amigos do facebook pelas diversas publicações eleitoreiras que inundaram as páginas virtuais. Aprendi muito. Sei que, inevitavelmente, alguma distância se formou entre alguns de nós, mas é temporário. Estaremos distantes apenas no espaço até que o aprendizado e a Lei do Progresso estejam em plenitude.
Após o pleito, eleitos e preteridos, juntamente com seus cabos eleitorais de fibra ótica, bem que poderiam abandonar seus debates um pouquinho pra juntarem sugestões de melhorias para serem usadas por todos. Me confesso cansada de ver tanta agressão, tanta baixaria; de ver tantos conceitos bons que eu tinha, a respeito da mentalidade “facemigos”, indo pelo ralo. Vai passar.
Além do mais, democracia é respeito. Nunca foi imposição ou agressão. No sentido de contribuir para uma melhoria do processo eleitoral, gostaria de contar como se dá uma votação para a escolha de dirigentes e representantes entre nós, espíritas. Em primeiro lugar, todo aquele que quer ter o direito de votar, tem o dever de aceitar receber votos. Em outras palavras, só quem vota pode ser votado. E o eleito não tem o direito de declinar, de negar exercer o eventual cargo. Os eleitos não podem receber pagamento nenhum pela atividade exercida. Ou seja, assume trabalho extra pra ser executado em horas vagas. Justíssimo. Só posso entrar na chuva, se estiver disposta a me molhar. E de graça!
Bom seria se fosse assim... Mas enquanto não é, vamos procurar pesquisar a ficha moral dos candidatos e também analisar a conduta daqueles que os apóiam em nossa cidade. Não vale votar num candidato que vai garantir que as raposas, todas conhecidas, tenham acesso facilitado ao galinheiro dos nossos impostos...
Vamos pensar nisso e votar naqueles em quem a gente confia – cegamente - entregar a chave de nossa casa e o cuidado de nossos filhos. Afinal de contas, é isso mesmo que está em jogo!


Izaida Stela do Carmo Ornelas




domingo, 7 de setembro de 2014

PROBLEMAS... PROBLEMAS...







Quem nunca comeu melado, quando come se lambuza.
Foi só ficar pronto o asfalto na rua Honorina Barros que alguns indivíduos resolveram fazer suas lambanças. Ficam abusando dos cidadãos de bem e das autoridades de nossa cidade, empinando motos e dirigindo em alta velocidade pela rua.
Nunca vi Swian Zanoni ou Wanderson Vitor fazendo esse tipo de coisa! E olha que eles tinham perícia! Eles foram campeões de cidadania, meninos de boa criação. Quem tiver talento, que demonstre no lugar certo: nas pistas apropriadas. Rua não é autódromo!
Quer aparecer? Que não seja à custa de por em risco a vida de inocentes, idosos... Imagino os pais e as mães desses caras dentro da minha casa, ouvindo o som da velocidade, sabendo que são seus filhos ali, em carros e motos acelerados, se expondo ao perigo! É realmente assustador!
O perigo fica ainda maior quando, muitas vezes, não podemos andar pela calçada, invadida por carros estacionados sem a menor consideração pelo pedestre. Calçada não é estacionamento! Fico indignada quando vejo meu vizinho idoso, o Sr. Vicente, andando na rua, por causa desse tipo de falta de respeito ao trânsito, à lei e à vida.
Lanço um desafio: Quem tiver caráter, que demonstre. Quem tiver educação de berço, de pai e de mãe, que use! Mas quem sobrar desta lista precisa ser “educado” pela nossa polícia. Urgente!!! Antes que aconteça algo trágico!
A gente pensa que estes são problemas novos, que surgem com as novas tecnologias, com o “progresso”. Ledo engano. Nossos problemas são sempre os mesmos: impunidade e falta de educação.



Izaida Stela do Carmo Ornelas


domingo, 17 de agosto de 2014

A PROSPERIDADE DE JESUS




O vivente mais próspero que já habitou no planeta Terra foi Jesus de Nazaré.
Não teve propriedades; era dono de si. Existe maior tesouro? Teve Seu nome difundido por causa das suas ações e não pelo seu dinheiro. Existe melhor motivo?
E o Seu reino não era deste mundo. Porque este mundo é apenas um átomo do Seu domínio.
Dizia não ter onde recostar a cabeça, mas o sono justo que dormia o permitia descansar sem remorsos. Quantos milionários podem se dar a esse luxo?
Depositava seu tesouro espiritual nas mãos do Pai. Não se sujeitava ao mercado. Dava de graça tudo o que recebia pela Graça. Dividendos de sabedoria, luz, paz... Sem preço.
A riqueza de Jesus é fonte inesgotável. Porque Jesus não se vendia.
Ele nutria os espíritos de todos que tivessem boa vontade. Alimentava com o pão da verdade. Libertava os homens do vazio material. E ainda continua a nutrir, alimentar e libertar!
Não existe prosperidade maior. Porque, em resumo, a maior prosperidade é o amor: o melhor e maior patrimônio.

Izaida Stela do Carmo Ornelas







quinta-feira, 24 de julho de 2014

NUVEM NEGRA







Nuvem negra é, para muitos, uma expressão amedrontadora. Afinal, nuvens negras escondem o sol com maior facilidade. Adia-se a luz do sol. Nos desenhos animados, elas sempre acompanham as pessoas de mau humor!
Personagens reais também se fazem acompanhar dessa atmosfera. Há alguns dias, uma amiga me confidenciou a dificuldade que teve em desempenhar seu trabalho. Chegou mesmo a pedir demissão, por causa de uma “nuvem” dessas. Sua alegria incomodava a chefia/nuvem, ao mesmo tempo em que o bom relacionamento entre ela e a clientela atendida eram sempre alvo de inveja e ciúmes. No entanto, ela percebia o quanto era importante receber as pessoas – principalmente as - doentes com otimismo, com prazer (ela trabalhava no atendimento à saúde). Fora do ambiente de trabalho, sentiu-se aliviada: foi vencida pelos raios e trovões que a nuvem lhe dirigia. Assim como acontece com o tempo meteorológico, procurou um outro lugar pra iluminar. E, com suas características pessoais, encontrou rapidinho! Quem saiu perdendo?...
O parente, o colega de trabalho, o conhecido, o chefe, o vizinho, enfim... o tipo “nuvem negra” faz com que o dia esteja sempre entristecido. É pesado, ameaçador, deprimente. Impede muito crescimento.
Como será que estamos nos apresentando para nossos semelhantes? Somos nuvens negras ou esculturas de sonho no céu? E como perdemos oportunidades de receber luz do outro, expulsando o sol de novas convivências, de novos aprendizados!
Mas não podemos nos esquecer de que as nuvens de chuva sempre são escuras. É nelas que se esconde o sustento das sementes. São oportunidades para o exercício de posturas importantes: paciência, empatia, discernimento. Depende da maneira que as entendermos.



Izaida Stela do Carmo Ornelas





domingo, 29 de junho de 2014

A VERDADE DE CADA UM




Estamos num tempo de muitas indagações. Vivemos e convivemos com perguntas e respostas. E nossas respostas são, em grande parte, omissas ou medíocres. Mas qual seriam as respostas eficientes para nosso crescimento (moral, socioeconômico, pleno)?
Geralmente fazemos as interações erradas, nas quais nossa verdade aparece em plenitude.
Quando ouvimos que “Fulano foi operado”, na maioria das vezes, indagamos “de quê?”, quando a pergunta correta seria “como ele está?”. Vivemos especulando a vida do outro ou procurando agregar valores anos mesmos e à sociedade em que atuamos?
Em simples contatos com os outros, cotidianamente, demonstramos o quanto somos ainda atrasados e, por outro lado, o quanto ainda podemos melhorar. Isso mesmo: PODEMOS melhorar, se QUISERMOS.
Suponhamos que eu estivesse capinando o meio-fio em frente a minha casa, passasse determinada autoridade e gracejasse, perguntando "você está trabalhando na Prefeitura?"... Seria uma ação correta essa autoridade perguntar-se como poderia fazer para evitar que uma pessoa de “segunda idade” tivesse esse trabalho, afinal, a obrigação de promover essa ação não é minha... Mas não me custa nada – e ainda me ajuda a gastar algumas calorias! Antes que as más línguas se adiantem, deixo claro que este foi só um exemplo, um fato que inventei para ilustrar a ideia.
O que fazemos com as informações que nos chegam? Futrica? Maledicência? Bases para melhoria? Lições? Depende do modo que ESCOLHERMOS.

Existe uma reflexão na internet que sintetiza o que estou aqui tentando explicar, ela fala em reagir como Jesus.


A verdade de cada um é, afinal, um pequeno pedaço da colcha de retalhos que é nossa comunidade.
Que seja da melhor qualidade possível.

Izaida Stela do Carmo Ornelas



domingo, 8 de junho de 2014

EM TUDO, UM PROPÓSITO





Acredito que tudo o que nos acontece tem um propósito divino. O problema é descobrirmos qual é esse objetivo! Estou há uma semana matutando...
Na sexta-feira, 30 de maio, pela manhã, fui ao pronto socorro municipal com o ouvido entupido. Sempre fui muito bem atendida lá. Entretanto, naquele dia, eram quase nove horas da manhã e o médico ainda não tinha chegado! Mas tinha testemunhas! Tinha gente esperando desde as sete horas. Inútil insistir. Na volta para casa, vejo que uma jovem havia se acidentado de moto, no morro do sabão. Me solidarizei: - Tadinha dela, se precisasse de atendimento!!!
Trabalhei o dia inteiro com aquele incômodo terrível (tenho que trabalhar pra cumprir minhas obrigações e pagar meus impostos!) e retornei ao PAM às sete da noite. Tinha médico, enfim! A história segue... Mas não sei ainda qual o propósito Divino, que lição o Mestre deseja que eu aprenda com isso!
Fui diagnosticada com infecção nos dois ouvidos, com prescrição de dois antibióticos fortes: amoxicilina 500 mg e otosynalar. Passei o sábado – meu aniversário – brindando remédios, cheia de esperanças de cura. Domingo, segunda e terça não me trouxeram nenhuma melhora. Surda, lerda, incomodada. Preocupada, busquei um especialista em Carangola, que me fez uma lavagem, retirou cerume e me deixou curada! Que alívio! Era cera! Alimentada por antibióticos!
Estou intrigada: - Será que é tão difícil assim diferenciar o que é lesão por infecção e o que é cerume? - Se sou uma porca e não lavo bem meus ouvidos, pode ser... Mas o certo é que sou uma palhaça, porque pago meus impostos em dia, tendo que me sujeitar a uma situação dessas! Infelizmente, não sou palhaça sozinha. A situação é grave e o povo sofre.
Caso a intenção lá do Alto seja a divulgação do acontecido, para que sejam tomadas providências por parte das autoridades cabíveis, aqui se cumpre.
Se, por outro lado, os responsáveis resolverem “lavar as mãos”, peço a Jesus que não me deixe nunca dizer “eu avisei!”, porque pode ser tarde demais. Pode custar uma vida!


Izaida Stela do Carmo Ornelas



segunda-feira, 26 de maio de 2014

DIVULGAR O BEM




O melhor compromisso que um veículo de comunicação pode assumir, junto à sociedade, é a divulgação do bem.
Estamos todos cansados de tanto sensacionalismo, de tanta irresponsabilidade, de tanta mesquinharia. A exploração da miséria humana – em todas as suas dimensões – tem que ter limites! Senão, ao invés de estimular a evolução, estaremos incentivando o retrocesso, nosso retorno aos tempos da justiça pelas próprias mãos, do olho por olho, da barbárie. Precisamos fazer a nossa parte.
Acredito que toda notícia deve obedecer ao princípio do Triplo Filtro, ensinado por Sócrates: Verdade, Bondade e Utilidade. Acabo me perguntando: - o que é notícia? É a narração de um fato ou a execração de uma pessoa?
Alguns tristes acontecimentos, inclusive em Divino, me fizeram lembrar dos Circos Romanos, quando pessoas se reuniam pra assistir a espetáculos de sangue e morte, pedindo sempre mais, entregando pessoas às feras. Até os dias de hoje, os integrantes da platéia não se dão conta que essas pessoas - culpadas ou inocentes, tanto faz - são filhas do mesmo Deus que dizem honrar. Vão às redes sociais para vociferar a crucificação, o linchamento moral, o escárnio... Gostaria que fossem às ações de caridade das igrejas com o mesmo fervor!
É este o resultado de nossa cultura maniqueísta, pela qual só existem dois lados – o bem e o mal - e duas interpretações: bom ou mau. Essa tendência de simplificar as coisas é uma forma bastante perigosa de analisar.
Um pouco mais além, é necessário que a gente se pergunte:
- Para que vai servir essa notícia?
Aí a coisa fica séria...
Se for servir para destruir, melhor que não seja divulgada. Essa é a opinião de Jesus: “infeliz do homem por quem o escândalo venha”. Precisamos parar com essa mania de pedir sangue!
Numa rodinha de amigos, chega a notícia de que a fulaninha passou no vestibular pra medicina, em primeiro lugar! Rende dois minutos de comentário, quando muito. Se, por outro lado, o assunto for a “pulada de cerca” da fulaninha, são tecidas duas horas de comentários, insinuações, curiosidades... Haja maldade pra sustentar nossas línguas e mentes sem Jesus! E não é fácil mudar essas coisas em nós, visto que ninguém é perfeito. Não é fácil, mas é possível.
Quando nos percebemos assim tão longe do Criador, percebemos também que há um longo caminho a percorrer. Por isso, precisamos começar agora. O planeta inteiro vai se beneficiar da faxina moral que fizermos em nós mesmos.


Izaida Stela do Carmo Ornelas


segunda-feira, 19 de maio de 2014

SILÊNCIO NO BLOG




Enquanto isso, meu corpo fala.
Problemas de saúde.
Psoríase, hipertensão, palpitações...
E a espiritualidade adverte: sintonize-se com o Bem, desacelere. Seja sua cura.
Há quase sete meses, tolerando um formigamento em metade da língua, durante as 24 horas do dia. Coisa de louco, travando a conversa, me fazendo falar esquisito...
Modere ainda mais a língua, é minha lição.
O punho machucado numa queda: modere a digitação... (rs)

Dilemas.
Decepções ético-políticas.
Parei até de visitar a Câmara, porque dói demais ver atos contra o povo, na casa do povo. Chega a ser depressivo.
Mais uma vez se apresenta a moral da história: aprenda que os outros têm o direito de serem o que quiserem. A prestação de contas tem a ver com o Pai. Não com você. Se não temem o Pai, paciência. Mas faça a sua parte.

Muito silêncio.
Como diz a música: “silêncio profundo, a menina dormiu...” E a Stela se foi.
A convivência está suspensa, adiada. A saudade toma seu lugar.
E os dias se sucedem... Até ontem.
Ouvindo o riso – o primeiro em muitos dias - da Gracinha, fiz uma prece em agradecimento a Jesus.
Só aí, um pouco, entendi: precisava aprender a agradecer.

Agradeço, primeiro, pela misericórdia de Jesus que permitiu esse riso. Depois, porque tenho pessoas a quem desejo o bem. E, finalmente, porque tenho o bem em minha alma.
Tenho Jesus, também.


Assim seja. Ou, se preferir, amém.


                Izaida Stela do Carmo Ornelas



segunda-feira, 31 de março de 2014

UM CACHORRO NUM MONTE DE PALHA...






Com esta expressão, minha avó costumava apelidar a pessoa que não faz nada e nem deixa que os outros façam. Afinal, o cachorro deitado no monte de palha faz um barulho danado, não dorme e nem deixa ninguém dormir!
Assim acontece com o (des)governo e seu aparato legal. A personificação de um cachorro, deitado num monte de palha, noite adentro, é perfeita! Ele não fornece ocupação decente pra crianças e adolescentes, e ainda impede que a sociedade preencha essa lacuna. É o que está acontecendo na questão da Guarda Mirim! 
Andei pensando até que são os traficantes que denunciam e tentam atrapalhar a coisa, visto que seus lucros ficam prejudicados. Se fosse pra implantar uma fábrica de cigarros ou mesmo um alambique de cachaça seria mais fácil! Triste constatação. Foi-se a Guarda Mirim de Carangola e o que o governo vai fazer em contrapartida? Ficou uma espécie de "buraco", que a sociedade não pode tapar porque a Lei não permite. O que é politicamente correto é moralmente correto? Precisamos nos mobilizar, a começar por pensar, por analisar os fatos de forma coerente. Ninguém é a favor de que se abuse do trabalho infantil, mas que se cerque de tanta exigência burocrática é, no mínimo, excesso de zêlo...
Infelizmente isso acontece não só no caso da Guarda Mirim, mas na maioria das ações que a sociedade se propõe a resolver por si. Quanta burocracia, quantos obstáculos, quanta dificuldade! Tem sempre alguém pra entravar, tem sempre uma lei de mil novecentos e antigamente... Como a lei que impede os presos de cumprirem trabalhos forçados, por exemplo. Ela foi criada para que se impedisse que os presos políticos virassem força de trabalho e agora não se pode obrigar o preso a ganhar e prover seu próprio sustento! Enquanto o Legislativo se exime, os funcionários do executivo e judiciário têm que cumprir essas linhas estapafúrdias! Sobram a culpa e a má fama para os juízes e promotores!
Nossos legisladores abrem precedentes sem qualquer preocupação com as consequências... Tudo tem que ter aparência politicamente correta, nos mínimos detalhes. Quando a “patrulha do politicamente correto” sai por aí procurando picuinhas, coitado do povo! Tem sempre um documento que falta, um deslize, uma imperfeição. Quem é perfeito? Quem não tem lá o seu rabinho preso com alguma coisa? Exceto Jesus, eu duvido que haja! E assim nossa hipocrisia toma forma de “proteção”. Deus me livre! Deus nos ajude! Desta maneira somos multados, perseguidos, maltratados, sem que nossas reais intenções sejam levadas em conta! 
Aos que ficam pregando obediência cega, aos que ditam regras estapafúrdias, gosto sempre de lembrar: ESCRAVIDÃO TAMBÉM ERA UMA LEI!!! E amparo MORAL à criança é OBRIGAÇÃO do Estado. Mas a sociedade e o Estado entendem amparo de forma totalmente diferente. Acredito que o Estado impede que a sociedade sequer sonhe com dias melhores.
Resta o pesadelo!


Izaida Stela do Carmo Ornelas

quarta-feira, 5 de março de 2014

DO POVO? PELO POVO?






Realmente confesso que não entendo essa tal “democracia”!
Por maioria, os vereadores de Divino – exceto Elias, Euzilene e Ronaldo - aprovaram o orçamento de R$146.000,00 (CENTO E QUARENTA E SEIS MIL REAIS) para uma AMPLIAÇÃO do imóvel onde funciona a Câmara, na reunião de 18/02.
Como nossa cidade precisa com urgência de outros projetos de maior relevância, muita gente se indignou nas redes sociais, inclusive eu. Durante as conversas no Facebook, meu filho Mário Ornelas foi convidado a assistir a próxima reunião legislativa, convite prontamente aceito com o objetivo de pedir que os vereadores reconsiderassem. Em suma, nesta quinta, 20/02, fomos à reunião extraordinária da Câmara Municipal de Divino. Tristemente soubemos na ocasião que a questão era irrevogável... Será esta mais uma falácia divinense (porque muitas conhecemos)? Cabe aos curadores do Ministério Público o esclarecimento.
Mário, inclusive, escreveu um texto para ser lido em plenário, mas não pôde se manifestar, porque o regimento da casa exige que as pessoas se inscrevam com três dias de antecedência para ter direito à palavra... Uma coisa que – a meu ver - não é muito democrática! Quem pode prever o futuro? Mas Divino tem sido assim mesmo... O que não quer dizer que a gente tenha de se conformar com essas convenções antiquadas! Será que algum vereador será capaz de mudar esse regimento retrógrado???
Fomos lá em pequeno grupo, sem máscaras, sem faixas ou bandeiras, em clima de família (em companhia do primo Rafael e da tia Genilda), com a postura amiga, com o ideal de paz, de esclarecer. Tendo a pretensão de cobrar, mas também de ouvir. Acredito mesmo que a contenção do muro e a adequação do local ao laudo do Corpo de Bombeiros (ao qual não tivemos acesso) são pertinentes, mas continuo achando que ir além disso é uma afronta, um verdadeiro TAPA NA CARA do contribuinte que muitas vezes deixa de pintar sua própria casa para manter seus impostos em dia!!!
Como já elogiei a postura da Câmara em meu blog, quando os dois grupos políticos se uniram para pedir melhorias na segurança do município, me senti na OBRIGAÇÃO de participar. Ainda mais porque, quando as tentativas de incrementar a segurança mostraram-se infrutíferas, meu elogio foi motivo de chacota, num episódio desprezível! Afinal, quem me conhece sabe que minha história é diferente... Prefiro acreditar no bem. E meu elogio é sinônimo de RESPONSABILIDADE!
Fiquei muito feliz quando percebi que alguns deles se mostraram reticentes, mesmo arrependidos pelo apoio dado ao projeto. A cobrança dos eleitores foi – e continua sendo – o motivo dessa pontinha de remorso. As diversas pessoas que pararam seus vereadores e disseram o quanto ficaram indignadas têm todo o meu respeito! Fizeram a DIFERENÇA.  Se a votação fosse hoje, acredito que teria outro resultado! Percebi que existe ESPERANÇA, graças!
Gostaria MUITO de continuar elogiando a Câmara... Mas, para que eu elogie, existe a prerrogativa do merecimento! Quando merecerem, o terão. Elogio é mérito, o que agora não é cabível!
O povo está magoado. Pessoas de bem estão se sentindo lesadas!
Que haja necessidade de reforma, de cumprimento de regras de segurança, tudo bem... Mas necessidade é bem diferente de VAIDADE!
Ao início da sessão, uma oração cristã muito me intrigou. Foi proferida a oração da sabedoria, linda mensagem que é atribuída aos amigos Alcoólicos Anônimos. O texto fala sobre coisas que podemos e que não podemos mudar... Enquanto o eleitor fica ali, meio abobado, pensando em seu título eleitoral guardado na carteira, fiquei curiosa: o que será que JESUS faria, se estivesse hoje, em Divino, com R$146 MIL em suas mãos?
Espero resposta para minhas orações!

Izaida Stela do Carmo Ornelas





quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014

TÁ PICHADO NA MEMÓRIA




Foto: Jornal O Impacto


As recentes pichações em Divino me deixaram cheia de saudades. De novo. Saudades de quando o Sr. Valdir tomava conta do jardim. Foi bem lembrado pela minha amiga Ana Cristina o quanto ele cuidava das coisas e da gente!
Se a gente sentasse com os pés em cima do banco, lá vinha ele... Quando andávamos de bicicleta de maneira perigosa, éramos convidadas a parar. Algumas vezes ele nos dava um baita “galope”, sem perder o chapéu. Se algum de nós aprontasse, ele fazia questão de nos acompanhar até em casa e nos “entregar” pessoalmente. Nessas ocasiões, era sempre muito bem recebido em nossas casas, relatava nossas peripécias e nossos pais ficavam lhe devendo obrigação! Se fosse hoje... Alguns pais... deixa pra lá...
Quanto devemos a ele! Quanto reconhecimento pelo cuidado que ele tinha! Ele cuidava tanto dos bancos e das plantas, quanto das crianças e jovens! Quanta diferença das pessoas de hoje em dia! As pessoas de hoje se importam mais com o material: o salário, o prejuízo, a pintura estragada... Na verdade, funcionava mais quando se preocupavam com o trabalho bem desempenhado, com o lucro moral e com a consciência tranqüila...
A pichação reflete nossa falta de cuidado com os jovens e com as coisas. Estamos sendo muito omissos. Nada é da nossa conta... E vivemos de braços cruzados! Na frase em inglês, estampada no chafariz, pode-se ler: “Plant more green”. Traduzimos como sendo “plante mais verde”. Sr. Valdir não faria essa tradução. Ele ia ler: “Eduquem melhor as crianças”!!!
Nossos pais confiavam nele e quase nunca relutavam em nos deixar brincar na praça, pois sempre tinha a pessoa zelosa do Sr. Valdir de olho na gente. Muitas vezes tentamos esconder seu guarda-chuva, quando ele o deixava pendurado em algum galho. Sem chance. O velho era mesmo esperto!
O cuidado dele está gravado, ou melhor, está pichado em minha memória. O chapéu e o guarda-chuva. Quase Carlitos.


Izaída Stela do Carmo Ornelas



segunda-feira, 13 de janeiro de 2014

HÁ TRÊS ANOS, NO JORNAL O IMPACTO...




DESCASO GERAL. ATÉ QUANDO?


Virou banal, entrou na rotina...
Impostos altíssimos são pagos em dia e pouco se reverte em benefício real do contribuinte. Pouca coisa funciona.
É humilhante a posição de um cidadão! Pois os governantes nos dão a impressão de estarem debochando da gente!
Janeiro está chegando. Com ele vem o IPVA, o DPVAT. Imagino o estado eufórico pra ver seu cofrinho enchendo... Coisa de desenho animado, quando os olhos do personagem viram cifrões $ $ !
Enquanto isso, muitos olhos de cidadãos de bem se enchem de lágrimas. Acidentes, mortos e feridos nas estradas - cheias de buracos - nos afligem.
Cuidado!!! De tão banalizada, esta situação está cumprindo um papel subliminar perigoso: as pessoas estão se acostumando com o problema, ao invés de buscar soluções e promover cobranças junto aos responsáveis.
Vide a já tradicional cratera na chegada em Carangola. Alguém pode me dizer quantos anos ela tem??? Já está incorporada ao cotidiano, Não é notícia, mas puro esquecimento.
Por isso quase não escrevi esta crônica-denúncia.
Porque tantos já reclamaram, sem conseguir o respeito mínimo da atenção por parte dos governantes, sem que a boa vontade dos mesmos fosse encontrada, afinal.
Mas aqui estou, registrando meu alerta. Convidando as pessoas de bem a não pecarem por omissão. Não se pode render à mediocridade. Seria negar a máxima de Jesus: “ao próximo como a ti mesmo”. Coragem é sinônimo de cristandade!
Como no seriado de tv, quem irá nos salvar? Quem irá nos defender?
Enquanto isso, vamos colecionando um monte de desculpas esfarrapadas: não me cabe, não fui eu, não sou o responsável... Vão acabar colocando a culpa em Deus, se tiverem oportunidade!
É o federal? É o estadual? Não sei. Vista a carapuça quem couber! E em alguém cabe!
No sábado (11/12/10) dois jovens poderiam ter perdido a vida num acidente! Porque alguém que deveria manter uma estrada em ordem não faz o que é sua OBRIGAÇÃO. E coube – mais uma vez – a Deus o cuidado e a conta.
Aconteceu na Rodovia Walter Luiz da Silva, próximo à residência do Sr. Mauri Ventura, em Divino. Mas acontece também Brasil afora.
Indignada como muitos... Amedrontada como tantos...
Mães e pais, filhos, esposas, maridos em prece pela segurança de seus queridos. Os professores que passam por ali todos os dias conhecem o problema. Expostos a perigos desnecessários como buracos na pista, má conservação, má sinalização...
A quem recorrer? A quem sente na pele o problema: primeiro ao povo, à opinião pública dos eleitores.
Na esfera legislativa, os três deputados mais votados em Divino utilizam a MG 265 e, portanto, quando visitam suas bases, também estão expostos aos mesmos riscos que seus eleitores! Sabem que não estou mentindo. E deles se espera muito...
O que não pode acontecer é esse silêncio...
O que não pode acontecer é o cidadão achar natural o que não é.
E achar corriqueiro o que é, na verdade. uma chocante violação do NOSSO DIREITO!


MUITO TRISTE PELA FAMÍLIA DO SERGINHO!



                 Izaida Stela do Carmo Ornelas
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