Só,
na confusão dos espaços.
Salto
em viagem cadenciada,
em fração de semínima.
Me é permitido querer.
Os sons
como ondas oscilam,
se propagam,
me perturbam.
Ondas...
(Lá,
naquele montinho de terra
além do mar,
tem toda uma odisséia.)
Matéria
não dá sentido
às articulações da alma.
Combinações de vida ou morte;
e ambas em ritmo marcial.
Pelo real,
que não sei se é, se tem, se quer...
Voando
Com a propulsão do salto
do tiro de Ontem,
suicidando-se altruísta
e dando-se a Hoje.
Penso em matar Hoje.
Assassinar.
Um passional
por Amanhã .
Sim,
só.
Na noite não vejo as ondas
mas sinto as nuvens.
A ânsia de as manipular
me abre o teto
sobre a cabeça,
me ejeta
de encontro a um meteorito.
Acordo.
Os sons doem baixinho.
Tem um barquinho
indo de encontro ao montinho de terra
transpondo ondas...
Sou matéria
recheada de nuvens.
Um ser,
um mar.
Sou.
Sua.