terça-feira, 12 de novembro de 2013

O PIOR ESTRANHO






Desconheço o autor, mas esta foi a frase mais tocante que li, na internet, nos últimos tempos.
Tem gente que eu olho e tenho vontade de dar aquele toc, toc, toc na testa e pedir pra falar com quem está lá dentro... Ou melhor, com quem eu suponho que deveria estar lá...
Tenho a nítida impressão de que aquele conhecido ainda está ali, perdido em algum lugar... Talvez esperando por mim.
Alguns, a gente nem reconhece mais.
São os que deixaram que nós os conhecêssemos através de seus sonhos e quando esses sonhos deixaram de existir, não os reconhecemos mais.
Se os outros são nossos estranhos, somos – por nossa vez – os estranhos dos outros.
Por fim, terminamos por ser os estranhos de nós mesmos.
Quantas vezes nos contam coisas sobre nós que desconhecemos, fatos dos quais não nos lembramos e que parecem fazer parte da vida de outra pessoa, do nosso estranho particular.
Toc, toc, toc...
Cadê você?


RE-DES-ENCONTRO
Chega um dia em que suspendemos o tempo
... e tudo foi ontem...
o encontro, o sorriso, o suspiro
o suspiro, a lágrima, o adeus

Vinte anos e mais
são vinte anos demais
E no tempo de ontem estão condensados

No trejeito rebuscado não reconheço
o coração que conheci

Nas palavras reticentes percebo
o quanto ontem foi um longo dia!
E a distância – que nunca antes existiu –
Nasce entre nós.

O problema maior é que o estranho esteve ali o tempo todo. Sempre. Só a gente não via... Ou não queria ver. Porque a gente só vê o que quer ver...
Portanto:
- Conheça-se estranho, antes que seja tarde! Tarde de novo!



Izaída Stela do Carmo Ornelas


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