Quanto tempo se passou, desde que o mundo é mundo!
Mas, fora a tecnologia, continuamos os mesmos.
Temos computadores, celulares, satélites. E os mesmos dilemas!
Problemas de viver - homens e mulheres - consigo mesmos. Problemas de viver em família e em comunidade.
Mais fácil nos declararmos perfeitos e colecionarmos pedras em defesa própria!
Assim era desde sempre.
Só uma coisa mudou: desde que o Cristo desafiou “atire a primeira pedra”, muitos outros objetos se prestaram, ao longo do tempo, ao papel de pedra.
Hoje, em Divino, desafio: “atire o primeiro DVD”!
Aquele que não tem culpa por debaixo do “rabo”...
Aquele que agradece a Deus porque pensamentos não têm som...
Aquele que ainda não varreu nenhuma sujeira de família para debaixo do tapete...
Aquele que é virtualmente perfeito...
Ou aquelas, também...
É humano o brincar, mas não o humilhar.
É humano comentar, mas não se aproveitar.
Existem ações e situações diabólicas.
Meu Deus!
Como quem guarda um retrato, um casal resolveu guardar uma imagem do quanto se amaram.
Talvez ainda se amassem, não fosse a invasão e difusão de sua intimidade!
A tecnologia – a serviço de pessoas vazias - está influenciando a moral, o comportamento, a arte e a vida!
Se Romeu e Julieta tivessem uma câmera a sua disposição, o que seria de Shakespeare, afinal?
Os suspiros românticos terão que sentido, no século futuro?
Quanto vale o show? Quanto custa o DVD?
Ainda bem que o tempo vai passar...
Os homens, entretanto, não serão muito diferentes.
Apesar de todos os esforços de religiões e de filosofias.
Se quiser mesmo ferir, não atire pedras, mas homens!