domingo, 30 de maio de 2010

domingo, 23 de maio de 2010

EPITÁFIO



O dia termina com o pôr-do-sol e a morte põe fim aos meus dias com meu pôr-dos-olhos. Devo ter a sensação de que fiz o que pude! Busquei minha evolução incansavelmente. Lutei pelo sucesso de todos os que me rodeiam. Passo ao entendimento de tudo.

quinta-feira, 20 de maio de 2010

O sonhador




Ele queria falar sobre como as palavras murcham e sobre como as pessoas deslizam sorrateiramente para dentro de nossos sonhos.
Ele queria falar sobre como as pessoas murcham e se transformam em palavras que deslizam sorrateiramente pelas páginas.
Em alguns parcos dias descrever todo um quadro de Dali, com o tempo deslizando relativamente em forma de relógio... Para dentro de quê?
De pessoas relativas e sorrateiras que escolherão o caminho para seu próprio tempo percorrer: de encontro à fé, para o nada, dentro de tudo...
Saudades.

sexta-feira, 14 de maio de 2010

ÉRAMOS SEIS: teoria da matemática

Éramos seis as netas de Raimundo e Ana. E nunca havíamos contado...
Dias atrás, quando perdemos Patrícia de forma tão trágica, é que fizemos a conta.
Sobramos Maria Angélica, Flávia, Érika, Mariana e eu.
Deve ser por isso que tanta gente não gosta de matemática: as contas...

CONTAS


Contas. Coisas a pagar, coisas que devo ao mundo e a muitos que já não são deste mundo.
Contos que eu conto, tu contas, ele canta... E a vida se colore, a distância se encolhe, o corpo amolece enquanto a alma escuta.
Pessoas que contam, afinal de contas. Momentos que contam e que emolduram nossa existência como se fossem contas.
Verdes, azuis, cristalinas. São as contas do colar de toda uma vida.
Coisas que conto.
Contas que contam.


NOVAS CONTAS


Eu conto...
Tu contas...
E com as contas feitas das palavras que escolhemos, teço meu colar.

Palavras contam...
Sorrisos contam...
O que conta para mim?
O que conta para você?

E as pequeninas contas do colar passam a fazer sentido
A fazer-se sentir
Tornam-se grandes

E as contas que tecemos rotineiramente
Matematicamente
Logicamente
Nos expõem ao ridículo
Libertador.

O que conta?
Quem conta?
Onde conta?
E o colar se parte, fragmentado em mil brilhantes contas...

O que importa contar
É a conta (do) que se faz enquanto o dia é contado.

quinta-feira, 6 de maio de 2010

Eu: matéria-prima da felicidade.


"Quando sozinhos, vigiemos nossos pensamentos: em família, nosso gênio; em sociedade, nossa língua..."
Madame de Stael


O primeiro material que tenho à minha disposição para trabalhar meu sucesso sou eu mesma. Eu estou “à mão” para minha manipulação e manuseio, da mesma forma como o barro está para o artesão. Eu não posso mudar o outro. Nem – menos ainda – os outros...
Como posso ter empatia, se não tenho o mínimo de equilíbrio? Primeiro é preciso buscar o equilíbrio. E o verdadeiro fiel do equilíbrio chama-se amor. Permita-se amar-se e ser amado(a). Amor, entretanto, não é permissividade, nem tirania. Preciso aprender a me amar sem concessões irracionais, com desejo deliberado de amadurecimento, evolução e conhecimento.
Para que o eu se alimente de conhecimento, o coração tem de estar aberto aos sentidos: ouvir – mesmo aquilo que nos fere. “Quem não ouve o que o contraria não se liberta da ilusão que o escraviza”, ensina Doutor Inácio Ferreira. Depois de ouvir, escutar... Cumpre analisar cada crítica à luz da razão, com isenção, com vontade de se libertar. Pode ser doloroso constatar que aquele colega de trabalho tinha “razão” em te atazanar, porque você “pedia”... E, compreendendo melhor o processo, passará a não “pedir” mais!
Falar, expressar em palavras a propriedade de seus sentimentos: “sim, sim; não, não”, encorajava o Cristo. Ter coragem de dizer “basta” àquela pessoa que está acostumada a te ridicularizar, a atacar sua auto-estima. Ela terá um susto e tanto! Afinal, as críticas que essa pessoa te impõe foram postas à prova por sua razão e você verificou que são ingenuidades, ataques que não te atingem, rótulos que não te cabem, porque você não os merece, não os aceita.
Chico Xavier compara a ofensa a um presente que é oferecido a você. Se você não o aceita, a quem ele pertence?
A vida nos responde como um eco; se você não gosta do que está escutando, passe a emitir uma frase diferente, uma energia diferente...
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