Toda semana tem uma festa! Não uma festa organizada para se comemorar alguma coisa, mas um evento quase “profissional”, com ingresso comprado e bebida liberada. Embora a censura para esses eventos seja “18 anos”, é comum que menores ali compareçam. Nada de errado, até aí. O problema é o abuso liberado...
O uso excessivo de álcool, aliado à falta de segurança no local, cria um ambiente perigoso, que coloca em risco – desnecessário - esses jovens. O risco envolve tanto o uso de drogas quanto o uso de violência. No último final de semana, um menor foi agredido na saída de uma dessas festas, me colocando pra pensar: Por quê aquele menor estava ali? Qual a razão do sucesso desse tipo de festa?
A primeira questão envolve a permissividade geral da sociedade, centrada numa inversão de valores. Há a tendência a valorizar o “jeitinho”, em detrimento do politicamente correto. Assim, menores bebem, dirigem – inclusive causam acidentes - embriagados, sem habilitação e todo mundo acha “natural” coisa que, na verdade, não é. A verdade é varrida para debaixo do tapete. Sejamos imparciais. Nesse sentido, eles freqüentam essas festas com o intuito de beber o máximo possível, porque são encorajados a sempre “levar vantagem em tudo” e não levar desaforo pra casa...
Saudades do tempo das festinhas de quintal, com a vitrolinha de vinil tocando Lennon, paz e amor!!!
Espero que as autoridades, em especial o Conselho Tutelar, comecem a olhar isso tudo com mais cuidado, com menos omissão e mais carinho... Sim: carinho. Porque não se trata de punir, mas de educar com firmeza, segundo a máxima “ao próximo como a ti mesmo”. Não cabe proibir, pura e simplesmente, o que seria muito fácil - e tão danoso quanto a omissão. A questão é mais ampla e envolve esclarecer, amparar, incentivar o bem.
Aí esbarramos num problema: o que Divino pode oferecer a estes jovens, em contrapartida às festas de bebida liberada? Um cinema? Uma competição esportiva? Esta é a resposta à segunda questão: o sucesso dessas festas se deve à carência total de boas coisas pra se fazer. Na falta do que fazer, minha avó já dizia que mente desocupada é oficina do capeta!
Nós, pais e mães, precisamos urgentemente cobrar ações dessa natureza junto à sociedade, aos governantes e junto a nós mesmos. Creio que um mau exemplo fala mais do que mil bons conselhos. Cerveja é bom. Gosto de tomar as minhas, mas daí a abusar vai um longo caminho.
Temos de agir imediatamente. Afinal, pequenas coisas só se tornam grandes quando há oportunidade.