Desconheço o autor, mas esta foi a frase
mais tocante que li, na internet, nos últimos tempos.
Tem gente que
eu olho e tenho vontade de dar aquele toc, toc, toc na testa e pedir pra falar
com quem está lá dentro... Ou melhor, com quem eu suponho que deveria estar
lá...
Tenho a nítida
impressão de que aquele conhecido ainda está ali, perdido em algum lugar...
Talvez esperando por mim.
Alguns, a
gente nem reconhece mais.
São os que
deixaram que nós os conhecêssemos através de seus sonhos e quando esses sonhos
deixaram de existir, não os reconhecemos mais.
Se os outros
são nossos estranhos, somos – por nossa vez – os estranhos dos outros.
Por fim,
terminamos por ser os estranhos de nós mesmos.
Quantas vezes
nos contam coisas sobre nós que desconhecemos, fatos dos quais não nos
lembramos e que parecem fazer parte da vida de outra pessoa, do nosso estranho
particular.
Toc, toc,
toc...
Cadê você?
RE-DES-ENCONTRO
Chega
um dia em que suspendemos o tempo
... e tudo foi
ontem...
o encontro, o
sorriso, o suspiro
o suspiro, a
lágrima, o adeus
Vinte
anos e mais
são vinte anos
demais
E
no tempo de ontem estão condensados
No
trejeito rebuscado não reconheço
o coração que conheci
Nas
palavras reticentes percebo
o quanto ontem foi
um longo dia!
E a distância –
que nunca antes existiu –
Nasce entre nós.
O problema
maior é que o estranho esteve ali o tempo todo. Sempre. Só a gente não via...
Ou não queria ver. Porque a gente só vê o que quer ver...
Portanto:
- Conheça-se
estranho, antes que seja tarde! Tarde de novo!
Izaída Stela
do Carmo Ornelas
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