sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

MUITAS PELES





Há alguns dias, uma amiga revoltou-se com o comportamento de uma pessoa e foi logo enquadrando: “Lobo em pele de cordeiro.”
Fiquei pensando o quanto somos todos lobos... E como a verdade é passível de reversão! Se o cordeiro existe, ele está bem escondido. Assim, a parte de nós que mais aparece é a face do lobo! Basta que achem o fecho de nossa fantasia – o calcanhar de Aquiles – e lá se vai a fera solta, o lobo feroz se lançar contra o outro!
Aparece, porque o lobo também é necessário para nossa evolução.
Quem nunca perdeu a paciência, o equilíbrio, a sensatez??? Até o Mestre se investiu de indignação para expulsar os mercadores, vendilhões do templo! Dois mil anos depois, comprovamos e ainda não aprendemos que esse tipo de reação não funciona, visto o modo como os vendilhões se multiplicam, incessantemente, desde então.
Aliás, a religião por si não pode garantir qualidade e nem perfeição. Mas podemos perceber que existe dentro da religião uma pessoa tentando se melhorar: uma pessoa que erra, mais do que acerta, ainda muito longe da perfeição que sonhamos nela.
Quando Jesus nos convidou à perfeição, o disse: “Sede perfeitos como nosso Pai o é.” Comecei a aprender que a humildade é a porteira da estrada da perfeição. Porque Ele poderia ter dito: “Sede perfeitos como Eu o sou”, mas não o disse. Esta foi mais uma das lições do Mestre.
Eu erro, tu erras... Mas o verbo errar tem que ser, aos poucos, substituído. Meu verbo preferido é: Eu aprendo, tu aprendes...
Com um longo caminho a percorrer.



Izaída Stela do Carmo Ornelas



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