Há
alguns dias, uma amiga revoltou-se com o comportamento de uma pessoa e foi logo
enquadrando: “Lobo em pele de cordeiro.”
Fiquei
pensando o quanto somos todos lobos... E como a verdade é passível de reversão!
Se o cordeiro existe, ele está bem escondido. Assim, a parte de nós que mais
aparece é a face do lobo! Basta que achem o fecho de nossa fantasia – o
calcanhar de Aquiles – e lá se vai a fera solta, o lobo feroz se lançar contra
o outro!
Aparece,
porque o lobo também é necessário para nossa evolução.
Quem
nunca perdeu a paciência, o equilíbrio, a sensatez??? Até o Mestre se investiu
de indignação para expulsar os mercadores, vendilhões do templo! Dois mil anos
depois, comprovamos e ainda não aprendemos que esse tipo de reação não
funciona, visto o modo como os vendilhões se multiplicam, incessantemente,
desde então.
Aliás,
a religião por si não pode garantir qualidade e nem perfeição. Mas podemos
perceber que existe dentro da religião uma pessoa tentando se melhorar: uma
pessoa que erra, mais do que acerta, ainda muito longe da perfeição que
sonhamos nela.
Quando
Jesus nos convidou à perfeição, o disse: “Sede perfeitos como nosso Pai o é.”
Comecei a aprender que a humildade é a porteira da estrada da perfeição. Porque
Ele poderia ter dito: “Sede perfeitos como Eu o sou”, mas não o disse. Esta foi
mais uma das lições do Mestre.
Eu
erro, tu erras... Mas o verbo errar tem que ser, aos poucos, substituído. Meu
verbo preferido é: Eu aprendo, tu aprendes...
Com
um longo caminho a percorrer.
Izaída
Stela do Carmo Ornelas
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