Numa das
reuniões da Casa Espírita, alguém me contou esta história (acho que foi o
Jhony Bernardo) e sempre me lembro dela quando ouço pessoas discutirem a
profissão docente.
Uma rodinha de
crianças conversava na hora do recreio, fazendo planos:
Marquinho - Eu
vou ser advogado, depois um promotor ou juiz de direito, ganhar muito dinheiro.
Juquinha – Eu vou
ser policial, delegado de polícia, prender bandidos, defender a cidade. Serei
um herói.
Malu – Prefiro
ser médica, salvar pessoas e ainda ganhar uma boa grana...
Assim foram
falando, cada um, seus objetivos para o futuro: jogador de futebol, psicólogo,
etc.
Só Joãozinho
não falou... Até que foi perguntado.
- Eu vou ser
professor, disse ele.
A risada foi
geral.
- Você vai é
morrer de fome, que ninguém dá valor a professor não, debochou o grupo.
E Joãozinho esboçou
um sorriso de confiança e desafio, quando explicou:
- Eu vou ser
um professor muito bom. Vou ensinar as crianças a serem boas, a agir e raciocinar
com justiça. Com isso, não vai ter muito trabalho para advogados, policiais,
juízes, promotores e delegados! Vou ensinar as pessoas a cuidarem melhor de sua
saúde, diminuindo o número de doentes e de clientes para a medicina. Vou encorajar as crianças a buscarem o
esporte mais pela saúde do que pela competição, colocando o valor do futebol longe
da especulação dos cartolas. Meus alunos serão confiantes, corretos,
solidários; quase não vão precisar de psicólogos. Vou cumprir minha missão.
E todos saíram
dali com outras idéias...
Sou
professora. Concluí o curso de Magistério em 1984, na Escola da Comunidade
Divinense. Trabalhei na área até assumir concurso público no Banco do Estado de
Minas Gerais – BEMGE. Sou fã da profissão e amo ver a vocação nos ideais de
jovens, como a Laurinha Breder. Ela escreveu:
Para aqueles que nos criticam por ser professor ou por estar estudando para ser um professor, pense bem, a nossa profissão é que gera todas as outras. Acha que ser médico é um ótimo emprego? E se não fosse o professor, existiria o médico ? Claro que não, então em vez de criticar, parabenize uma pessoa que em meio a tantas profissões a escolher ele preferiu ensinar, educar, alfabetizar e principalmente letrar as pessoas !
Seu post no facebook me emocionou muito, porque
um dia eu tive que abandonar minha vocação – e ainda construir outra vocação,
novinha em folha, para trabalhar como bancária. Sucesso!
Izaída Stela
do Carmo Ornelas