sábado, 25 de setembro de 2010

VIDA REDUZIDA



Sinto que minha vida está sendo reduzida...


Reduzida a leis: não posso dar uma palmada em meu filho, não posso contar piada de judeu, não posso usar um véu muçulmano na França. É um conjunto expressivo de nãos dirigidos a nadas.

Esqueceram quem eu sou...

Esqueceram que disciplina é caridade, que rir é uma forma de reverenciar, esqueceram de que uma roupa não é uma pessoa.

Meu bom coração foi desprezado nessa construção.

E, pasma, constato que isso tudo está no papel!

Aprendi desde cedo que só uma lei não reduz: “A Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a mim mesma!”

Assim, me lembro de uma personagem de Bernardo Guimarães que chegou a uma fazenda para se casar. Ela se deparou com a impossibilidade de viver plenamente um casamento porque sua boa vontade “esbarrou” na rigidez do costume!!!

Quase um século depois, pouco mudou, e querem reduzir tudo. Só a aparência toma ares de evolução! Assim...

Tudo tende a ser reduzido, no intuito de que as coisas mais complexas assumam um caráter simplista que não possuem de fato.

Dessa forma, posso chamar um heterossexual de “veado”, sem problemas. Mas não posso dizer que um homossexual o é. Um moreno pode ser chamado de “tição”, mas não um negro. E assim por diante... Afastando-se a redução simplista, veja o que acontece: a contradição aparece! Você não pode “brincar” com a verdade! O respeito se torna uma aparência forçada...

E quanto ao “papel”, nessa inversão? Aí é que a coisa se complica deveras. Tudo existe de fato, mas colocar no papel... Impensável. Impraticável. Tabu. União homossexual, aborto, corrupção, por exemplo. São certezas-tabu que existem e que não se pode falar. Muito menos legalizar, colocar no papel. E a lista aumenta a cada dia... Por quê? Alguém me explique por que chegamos a tal estado surreal de inversão...

Pior é pensar no que pode ainda acontecer. Daqui a algum tempo haverá uma lei que me proibirá de tomar vermífugo, em defesa do direito à vida das lombrigas! A última lei será a de defesa das louras! Brincadeirinha?!

Com códigos plenos, reconhecidos e ratificados, o Estado invade meu corpo, minha mente. Ai de mim!

Estou farta de opinião cerceada, de direitos surrupiados de forma tão vil e sorrateira. Cansei dessa felicidade reduzida, dessa cidadania meia-boca.

Eu, Izaida, me sinto reduzida:



           IZ     AIDA

                       IDA

                  IZA

               Ai...

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

FESTAS?!



 
Toda semana tem uma festa! Não uma festa organizada para se comemorar alguma coisa, mas um evento quase “profissional”, com ingresso comprado e bebida liberada. Embora a censura para esses eventos seja “18 anos”, é comum que menores ali compareçam. Nada de errado, até aí. O problema é o abuso liberado...

O uso excessivo de álcool, aliado à falta de segurança no local, cria um ambiente perigoso, que coloca em risco – desnecessário - esses jovens. O risco envolve tanto o uso de drogas quanto o uso de violência. No último final de semana, um menor foi agredido na saída de uma dessas festas, me colocando pra pensar: Por quê aquele menor estava ali? Qual a razão do sucesso desse tipo de festa?

A primeira questão envolve a permissividade geral da sociedade, centrada numa inversão de valores. Há a tendência a valorizar o “jeitinho”, em detrimento do politicamente correto. Assim, menores bebem, dirigem – inclusive causam acidentes - embriagados, sem habilitação e todo mundo acha “natural” coisa que, na verdade, não é. A verdade é varrida para debaixo do tapete. Sejamos imparciais. Nesse sentido, eles freqüentam essas festas com o intuito de beber o máximo possível, porque são encorajados a sempre “levar vantagem em tudo” e não levar desaforo pra casa...

Saudades do tempo das festinhas de quintal, com a vitrolinha de vinil tocando Lennon, paz e amor!!!

Espero que as autoridades, em especial o Conselho Tutelar, comecem a olhar isso tudo com mais cuidado, com menos omissão e mais carinho... Sim: carinho. Porque não se trata de punir, mas de educar com firmeza, segundo a máxima “ao próximo como a ti mesmo”. Não cabe proibir, pura e simplesmente, o que seria muito fácil - e tão danoso quanto a omissão. A questão é mais ampla e envolve esclarecer, amparar, incentivar o bem.

Aí esbarramos num problema: o que Divino pode oferecer a estes jovens, em contrapartida às festas de bebida liberada? Um cinema? Uma competição esportiva? Esta é a resposta à segunda questão: o sucesso dessas festas se deve à carência total de boas coisas pra se fazer. Na falta do que fazer, minha avó já dizia que mente desocupada é oficina do capeta!





Nós, pais e mães, precisamos urgentemente cobrar ações dessa natureza junto à sociedade, aos governantes e junto a nós mesmos. Creio que um mau exemplo fala mais do que mil bons conselhos. Cerveja é bom. Gosto de tomar as minhas, mas daí a abusar vai um longo caminho.

Temos de agir imediatamente. Afinal, pequenas coisas só se tornam grandes quando há oportunidade.

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

A ESCOLHA DA FELICIDADE

Cada um escolhe uma palavra e nela deposita sua felicidade.
Pouca gente percebe isso claramente...
Tem gente que escolhe amor, compaixão, trabalho, prazer...
Numa palavra cabe toda uma felicidade.
Felicidade, alías, deveria ser um verbo.
Porque no princípio era o Verbo e o Verbo habitou entre nós...

Experimente olhar essa figura de cabeça para baixo...

Que palavra é a sua?

Qual é o verbo-comandante do seu dia-a-dia?
É inveja? Egoísmo? Orgulho?
A minha preferida, neste momento, é RESPEITO.
Escolhi RESPEITO pra dar e receber!
Tendo RESPEITO e - principalmente - sendo capaz de dar RESPEITO, estou feliz.
Ah! E no caso de não recebê-lo, ainda tenho minhas reservas pessoais e me faço meio-feliz, o que nos dias de hoje não é pouca coisa, não!
Mas nada impede que eu mude minha palavra.
Porque os rumos da felicidades também mudam...
O que hoje é respeito, ontem foi humanidade e amanhã bem que pode ser dignidade...
O que hoje é chegada, amanhã é partida...
Que palavra é a sua?
Tudo depende de sua escolha...
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