Todo
fato que nos sensibiliza e nos põe em movimento é uma indignação. A partir da
indignação, nós nos colocamos em digna ação para fazer frente ao mal, à
injustiça, à arrogância e ao preconceito.
É
ação digna a recusa em tirar uma fotografia ao lado de um político corrupto ou
mesmo com aquele cidadão de notória “malandragem”. É dizer “não” ao pedido de
voto do candidato que não se porta de forma honesta.
É
ação digna cobrar de seu prefeito ou seu vereador uma postura condizente com as
promessas feitas em campanha. Também é repreender o funcionário que fala mal da
empresa em que trabalha e o servidor municipal que denigre sua cidade. É buscar
coerência ética.
É
ação digna reconhecer-se imperfeito sempre. E lutar pela evolução, pela reforma
íntima. Servir sempre, ao próximo como a ti mesmo, dignamente.
Para
se indignar de verdade não basta fazer beicinho, bater o pé... Para se indignar
de verdade é preciso combater, reagir, colocar-se em alerta. Não aceitar o
bullying, nem o preconceito, tanto quanto não aceitar-se a ingratidão... Ações
dignas nascem de dentro para fora, de cada pessoa. E ganham a sociedade.
Sair
por aí, protestando por protestar, não tem nada de indignação. Só é legítima a
ação que propõe resultados. Quando aponta o problema, acena com a solução. Há
reciprocidade no ato; todos os lados crescem.
Indignar-se
não é julgar, mas analisar sem pressão de pesos, sem estar medindo nada.
Para
quem diz que indignar-se não é um ato caridoso, lembro que, afinal, caridade é
coragem. É caridoso deixar que o outro “se dê bem” e não aprenda nada? Onde os
acomodados vêm caridade, vejo omissão.
Ações
dignas são necessárias. Digo mais: são urgentes!
Izaida
Stela do Carmo Ornelas
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