segunda-feira, 26 de maio de 2014

DIVULGAR O BEM




O melhor compromisso que um veículo de comunicação pode assumir, junto à sociedade, é a divulgação do bem.
Estamos todos cansados de tanto sensacionalismo, de tanta irresponsabilidade, de tanta mesquinharia. A exploração da miséria humana – em todas as suas dimensões – tem que ter limites! Senão, ao invés de estimular a evolução, estaremos incentivando o retrocesso, nosso retorno aos tempos da justiça pelas próprias mãos, do olho por olho, da barbárie. Precisamos fazer a nossa parte.
Acredito que toda notícia deve obedecer ao princípio do Triplo Filtro, ensinado por Sócrates: Verdade, Bondade e Utilidade. Acabo me perguntando: - o que é notícia? É a narração de um fato ou a execração de uma pessoa?
Alguns tristes acontecimentos, inclusive em Divino, me fizeram lembrar dos Circos Romanos, quando pessoas se reuniam pra assistir a espetáculos de sangue e morte, pedindo sempre mais, entregando pessoas às feras. Até os dias de hoje, os integrantes da platéia não se dão conta que essas pessoas - culpadas ou inocentes, tanto faz - são filhas do mesmo Deus que dizem honrar. Vão às redes sociais para vociferar a crucificação, o linchamento moral, o escárnio... Gostaria que fossem às ações de caridade das igrejas com o mesmo fervor!
É este o resultado de nossa cultura maniqueísta, pela qual só existem dois lados – o bem e o mal - e duas interpretações: bom ou mau. Essa tendência de simplificar as coisas é uma forma bastante perigosa de analisar.
Um pouco mais além, é necessário que a gente se pergunte:
- Para que vai servir essa notícia?
Aí a coisa fica séria...
Se for servir para destruir, melhor que não seja divulgada. Essa é a opinião de Jesus: “infeliz do homem por quem o escândalo venha”. Precisamos parar com essa mania de pedir sangue!
Numa rodinha de amigos, chega a notícia de que a fulaninha passou no vestibular pra medicina, em primeiro lugar! Rende dois minutos de comentário, quando muito. Se, por outro lado, o assunto for a “pulada de cerca” da fulaninha, são tecidas duas horas de comentários, insinuações, curiosidades... Haja maldade pra sustentar nossas línguas e mentes sem Jesus! E não é fácil mudar essas coisas em nós, visto que ninguém é perfeito. Não é fácil, mas é possível.
Quando nos percebemos assim tão longe do Criador, percebemos também que há um longo caminho a percorrer. Por isso, precisamos começar agora. O planeta inteiro vai se beneficiar da faxina moral que fizermos em nós mesmos.


Izaida Stela do Carmo Ornelas


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