quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

VEREDICTO



Por minha culpa,
por meus desejos múltiplos em profusão,
razões de tantas faltas e falas
ainda dormem 
em seios soturnos.
A desordem e o caos, 
estão sacramentados
no brandir do gesto contra o outro...
Na sensibilidade animal vencendo o discurso...
E as relações se fazem em cadeia,
medo sucessivo, correntes e algemas,
caminhos a pés entrelaçados, tapetes, topetes.
Lembram misturas, velhas boticas, extratos 
sonhos e processos.
A primeira emoção assume-se: impessoal, contextual.
Culpa em substantivo e verbo.
Minha razão, pequena parte das fileiras,
ocupa aquela areia que cai lá na ampulheta,
seu tempo, espaço e fim. Fim.
Os elos delimitam minha extensão,
ditam meu repertório de possibilidades.
Dolorida privação
sem a peneira de privacidade.
Os gritos pesam-me as mãos.
E a máquina social funciona conforme o manual:
votado, testado, direcionado, conceitual.
Sendo Eros, Thanatos e Deimon.
Nutrindo e marcando a dor
Para daqui a...

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